Não tem mais jeito, não podemos dar mais vexame. Precisamos pegar meia dúzia de
helicópteros da Aeronáutica, mobilizar uns 30 garotos de nossas tropas de elite e invadir, meia hora que seja, Honduras. Pelo menos para levar uma cama box para o pobre do Zelaya, que pelo andar da carruagem, deve ficar na embaixada brasileira por alguns meses, anos talvez. O Itamaraty sempre primou pela excelência de sua hospitalidade. Temos embaixadas maravilhosas em várias partes do mundo, como Roma, Washington, Buenos Aires, entre outras. Pega mal deixar um presidente, ainda que seja de Honduras e tenha sido deposto, dormir no sofá. A imagem do Zelaya esparramado no sofá sai todos os dias nos jornais do mundo inteiro.
Lula deve ordenar imediatamente a invasão, ainda que os novos caças ainda não tenham chegado às bases. Mas convém antes explicar detalhadamente aos nossos guerreiros onde fica exatamente Honduras. É só mostrar no mapas do Yahoo. Sabe como é, os nossos pobres pracinhas andam meio zuretas por falta de comida nos quartéis, e não se pode correr o risco de invadir o país errado.
Embora pareça uma grande piada, este conflito em Honduras serviu para nosotros, brasileños, lembrar que temos ainda temos Forças Armadas e precisamos cuidar melhor do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Talvez por conta dos anos terríveis da ditadura, acabamos esquecendo os militares, o que é um erro estratégico para um país que tem como vizinho o sujeito irritado como o Maradona (e no comando da seleção argentina!).
Brincadeira à parte, é hora de recuperar as Forças Armadas, comprar novos
equipamentos e armamentos, que já devem estar sucateadas, melhor o nível intelectual dos nossos militares.
Hoje pela manhã o professor Eurico Figueiredo, coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense, deu uma entrevista esclarecedora ao Jornal da CBN. Segundo ele, aposentados das Forças Armadas consomem mais da metade do Orçamento do que os servidores da ativa. Nossos militares desperdiçam muito dinheiro com a folha de pagamento, em vez de investir mais em formação e equipamentos. O Brasil, diz Figueiredo, tem um general para cada 1.258 homens, enquanto Israel tem um para cada 9 mil. Um general ganha 13 vezes mais do que um soldado. Está mais do que na hora de repensar as nossas Forças Armadas. pr